Eu quero ir embora da minha vida. Para um sobradinho bem
colocado e esquecido no alto da montanha, onde Aristóteles perdeu as botas, largou a matemática e toda a filosofia do
mundo. Sentir o corpo coberto de lama por andar rastejando, braços e pernas
cansados da pseudo-maratona contra ninguém. Deus e eu. Apenas. E talvez um café
para acompanhar o ritmo desacelerado e campiano. Frequentar a caverna dos
desesperados, dos sem alma e dos apaixonados. Vezes fanáticos, vezes gente
comum, vezes cultos e vezes promíscuos. A caverna de todos. O buraco. É para lá
que quero ir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário