a vida é um amontoado de indecisões, previsões, horóscopos e
chabadás. a gente passa uma eternidade vendo o universo sambar no caminho que
tanto tentamos colocar em ordem. suamos um bocado de açúcar e melancolia
tentando fazer as linhas mal escritas do destino terem algum sentido e ainda
adicionamos um suave toque de bossa nova, em volume de elevador, para aclimatar
o pouco caso com que o cosmos trata nossas vivencias.
somos uma espécie de papel.
papel que molha e seca. molha uma vez e perde a
característica lisa, da outra a maciez, da outra a cor alva e intocada... ganhamos um traço de textura a cada chuva. e secamos. e molhamos. e secamos. e molhamos. um ciclo que nova e renova na terra.
matéria orgânica que, depois de desgastar sua última parte,
renasce do pó molhado.
e vive de novo.
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